Esta é uma materia inédita .
Nosso querido primo e amigo , companheiro Mangalarguista , Paulo Junqueira Arantes , nos trouxe algo espetacular , e quem vai nos contar esta historia , será ele mesmo .
Paulo , discerta esta que inicia uma serie de Materia exclusivas , de Paulo Junqueira por Paulo Junqueira .
A seguir .
No final de outubro fui fazer uma cavalgada exploratória muito
interessante. Trata-se de uma busca as origens do Mangalarga. No norte de
Portugal, divisa com a Espanha, no único Parque Nacional Portugues Com 70 mil há
no lado português mais 30 mil há no lado espanhol, o Parque Transnacional da
Peneda Geres é reduto de animais sobreviventes desde o Paleolítico, num ambiente
único de rara beleza. O cavalo Garrano e o lobo ibérico coabitam a mesma serra a
milhares de anos !
Os Garranos encontram-se hoje não apenas no meio selvagem no Parque mas também na
posse de alguns criadores particulares. Tive oportunidade de cavalgar num
garanhão e percorrer um pouco a Serra, mantendo contato com algumas manadas em
liberdade. A beleza da região, as pequenas vilas e as ricas tradições
completaram essa experiência que pretendo dividir com amigos a partir de
2013
"
Paulo Equitando um cavalo Garrano .
O Garrano na origem do Mangalarga
Cavalos foram introduzidos no Brasil primeiramente no nordeste, em
Pernambuco e Bahia, depois em São Vicente, São Paulo e pelas colônias do Prata.
Somente mais tarde com a descoberta de minérios é que chegaram nas Minas Gerais.
Nesta época eram apenas animais de serviço e animais de sela com andamento
cômodo, principalmente os de andadura, sela para mulheres que usavam o silhão.
Esta andadura veio da raça Garrano, cavalo pequeno, forte, resistente e mais
fácil de transportar nas caravelas. Tambem o Sorraia e o Berbere foram trazidos
nessa época e ajudaram a formar a base das raças nacionais. Em 1808 os primeiros
Alter chegaram ao Brasil, com a chegada da corte de D. João. Com interesse em um
deslocamento mais confortavel, mineradores e proprietários de Sesmarias
começaram a aprimorar suas tropas, cruzando suas eguas com o Andaluz e o Alter,
dando mais nobreza a tropa.
O Garrano é um cavalo autóctone peninsular desde o período
Quaternário. A arte paleolítica deixou vários testemunhos da presença dos
Garranos na Península Iberica. O Garrano é um cavalo que ainda hoje vive em liberdade na Serra do
Gerês, em Portugal e mantém muitos dos traços genéticos e morfológicos dos seus
antepassados pré-históricos, fruto de uma criação em liberdade que lhes
permitiu, através da seleção natural, manter suas principais
características.
É uma raça protegida devido ao risco de extinção a que esteve sujeita até há
pouco tempo. Por solicitação de diferentes organismos públicos, instituições e
organizações, inclusive da Fundação Alter Real, foi apresentada a candidatura do
Garrano a Património Nacional de Portugal. (candidatura que tem como objetivo
contribuir para a manutenção de um recurso biológico insubstituível)
Lobo Ibérico .
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